Bastou um mês até me censurarem n’O Insurgente. Porquê? Teoricamente porque “tenha noção que lhe apago qualquer comentário que me seja ofensivo”, palavras proferidas pela Maria João Marques.
Ora como o que é ofensivo para mim pode não ser para a Maria João Marques (e vice-versa) e visto que estou a comentar no blogue dessa pessoa, resolvi achar que os limites deveriam ser determinados pelo o que ela estabelecia como seu próprio limite de considerar “ofensivo”.
Assim presumi que para uma pessoa como a Maria que chama de “tolinho” ao Carlos Santos, que diz “Se é adolescente, conte aos seus pais, que eles precisam de o levar ao psicólogo” ou que afirma que vivo em “sargetas mentais”; que o comentário que deixo em anexo era tudo menos ofensivo e que não seria censurado.
Erro meu pois pensei que algo “ofensivo” se prende com o conteúdo da mensagem.
Afinal para a Maria “ofensivo” depende da pessoa e da direcção do conteúdo da mensagem. Isto é se for a Maria a insultar então não é ofensivo, no entanto se for outra pessoa a utilizar exactamente as mesmas palavras, principalmente se for dirigida à Maria então já pode é ofensivo. Portanto uma questão de gosto pessoal. Só é pena é que a Maria não tivesse logo dito que censura ou não censura mediante gosta ou não de uma pessoa, e não o que ela afirmou, utilizando para tal a palavra “politicamente correcta” de ser ou não ofensivo.
Ok, dito isto o que é que é importante neste episódio?
Bem a censura só por si não é assim tão importante. O problema é onde ela ocorreu, isto é num blogue cujos autores são teoricamente liberais. O que este episódio demonstra é que não, não são liberais, se uma, a Maria, é profundamente anti-liberal, os outros autores permitem que este tipo de comportamento aconteça no seu próprio espaço, demonstrando dessa forma como o conceito de liberdade de expressão é mais de liberdade da “sua” expressão.
Pior mesmo é que enquanto não abandonarem a designação de “liberais” dificultam em muito o trabalho de quem não só se considera como é realmente liberal!
Sem dúvida é muito difícil ser-se liberal em Portugal!
[Nota final: à hora que escrevo, já tinha tentado responder na caixa de comentários respectiva, deixando lá 4 comentários muito semelhantes, é natural que os meus comentários possam posteriormente a aparecer todos ao mesmo tempo, para a Maria posteriormente poder argumentar que não me “censurou”. Este artigo também serve para deixar em texto que tal comportamento já existiu e não é um qualquer comportamento diferente no futuro que altera este facto]
Ora como o que é ofensivo para mim pode não ser para a Maria João Marques (e vice-versa) e visto que estou a comentar no blogue dessa pessoa, resolvi achar que os limites deveriam ser determinados pelo o que ela estabelecia como seu próprio limite de considerar “ofensivo”.
Assim presumi que para uma pessoa como a Maria que chama de “tolinho” ao Carlos Santos, que diz “Se é adolescente, conte aos seus pais, que eles precisam de o levar ao psicólogo” ou que afirma que vivo em “sargetas mentais”; que o comentário que deixo em anexo era tudo menos ofensivo e que não seria censurado.
Erro meu pois pensei que algo “ofensivo” se prende com o conteúdo da mensagem.
Afinal para a Maria “ofensivo” depende da pessoa e da direcção do conteúdo da mensagem. Isto é se for a Maria a insultar então não é ofensivo, no entanto se for outra pessoa a utilizar exactamente as mesmas palavras, principalmente se for dirigida à Maria então já pode é ofensivo. Portanto uma questão de gosto pessoal. Só é pena é que a Maria não tivesse logo dito que censura ou não censura mediante gosta ou não de uma pessoa, e não o que ela afirmou, utilizando para tal a palavra “politicamente correcta” de ser ou não ofensivo.
Ok, dito isto o que é que é importante neste episódio?
Bem a censura só por si não é assim tão importante. O problema é onde ela ocorreu, isto é num blogue cujos autores são teoricamente liberais. O que este episódio demonstra é que não, não são liberais, se uma, a Maria, é profundamente anti-liberal, os outros autores permitem que este tipo de comportamento aconteça no seu próprio espaço, demonstrando dessa forma como o conceito de liberdade de expressão é mais de liberdade da “sua” expressão.
Pior mesmo é que enquanto não abandonarem a designação de “liberais” dificultam em muito o trabalho de quem não só se considera como é realmente liberal!
Sem dúvida é muito difícil ser-se liberal em Portugal!
[Nota final: à hora que escrevo, já tinha tentado responder na caixa de comentários respectiva, deixando lá 4 comentários muito semelhantes, é natural que os meus comentários possam posteriormente a aparecer todos ao mesmo tempo, para a Maria posteriormente poder argumentar que não me “censurou”. Este artigo também serve para deixar em texto que tal comportamento já existiu e não é um qualquer comportamento diferente no futuro que altera este facto]
11 comentários:
Antes de comentar as bonitas e elegantes palavras que me dirigiu deixe-me comentar uma frase sua:
"...então acha que inventar ligações amorosas entre mim e o Carlos Santos, presentes ou passadas, é que é discutir seriamente..."
Epá, uma vez mais vejo que as minhas palavras em muito me ultrapassam... Você achou que a minha intenção era inventar ligações amorosas entre você e o Carlos Santos?!?!?!?! Se esta discussão (e as posições que você já defendeu) fosse feito com o André, o Tiago ou outra pessoa qualquer teria dito a mesma coisa e passo a explicar da forma mais basica e detalhada que conseguir para você conseguir entender:
1) No meio nossa discussão e vinda do nada, você chamou à atenção onde o Carlos Santos "supostamente" mentiu ao afirmar que você defende determinada posição;
2) Você achou que essa frase era tão importante para o que estava a ser discutido (e relembro-lhe que a discussão que eu estava a ter era sobre a existência ou não de SMN e começou entre mim e o Tiago) que eu devia ter comentado sobre isso;
3) como poderia depreender do meu comentário eu não achei que era um argumento, nem me despertou sequer interesse saber quem era a Drª Carmex. Por isso não comentei;
4) E agora a frase. Partindo do pressuposto teórico que aquela frase era vital para a argumentação do Carlos Santos, então e seguindo a máxima que VOCÊ defendeu para o caso da Fernanda Câncio, achei que deveria ter aferirido da ISENÇÃO do Carlos Santos a escrever essa opinião e questioná-lo se existia ou não uma relação entre vocês os dois (e não PRESSUPOR que existe).
Basicamente chama-se a isto virar o feitiço contra o feiticeiro. E se você ficou assim, tão visilmente irritada, apenas com uma pessoa, imagine o que deverá ter sentido a Fernanda Cancio, quando formam centenas de pessoas (e estranhamente VOCÊ incluida) a fazê-lo!
Mas devo-lhe dizer que você tem uma capacidade inata de ligar ao acessório e superfluo. Raios, num artigo do Carlos Santos liga ao que de menos relevante existe e nos meus comentários é capaz de passar ao lado de todos os argumentos e fazer um bicho de sete cabeças de uma simples aplicação do que você já tinha defendido anteriormente.
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Agora as suas as bonitas e elegantes palavras:
"Stran, V. está mesmo descontrolado."
A sério, releia o que você já escreveu por aqui e depois tente escrever isto outra vez.
"V. não tem noção do que faz nem dos limites que ultrapassa"
Tem a certeza que neste processo fui eu que ultrapassei os limites? Então:
"...o levar ao psicologo"
"...não há tempo a perder com pessoas que vivem em sargetas mentais..."
"...tolinho..."
"Há um maluquinho..."
"que profundo nojo!"
"Ganhe vergonha..."
"...e pela amostra demorará se é que lá se chegará..."
"Pensando bem há quem nem tenha nível para comentar no blogue do tolinho."
"Vá para o blogue do tolinho que parece que têm mais em comum..."
Deixe-me adivinhar: são palavras de amor?
"De mim não leva mais uma linha..."
Com tanto e tão bom material e com a quantidade de vezes que já defendeu posições contrárias, julgo ter todo o material necessário para lhe responder utilizando as suas próprias palavras, portanto não precisa de escrever mais nada.
"tenha noção que lhe apago qualquer comentário que me seja ofensivo"
À vontade! Como viu neste breve periodo não precisei de recorrer ao insulto para defender a minha posição. Já agora vai apagar as suas próprias palavras?
E para terminar:
"...e parece apostado em continuar embaraçar-se..."
Epá é interessante mas eu fico com a leve impressão de que não sou eu que tem razões para ficar embaraçado. É que para quem se coloca num pedestal de virtudes quando responde ao Luís Lavoura ou à CMF (por exemplo) ficou demonstrado que rapidamente recorre ao mais vulgar dos insultos.
Alguma vez levaste mesmo a sério essa estória de o pessoal do Insurgente ser Liberal?
Outro apontamento que gostava de fazer é que eu, mesmo sendo "blogger", acho os bloggers e a blogosfera portuguesa uma das coisas mais parvas e inúteis que existe. Talvez por isso e por não me envolver em lutas de blogs é que não tenho leitores no meu.
Apenas comento blogs de pessoas como tu Stran, cujas energias são usadas para muito mais do que simplesmente escrever em blogs, são usadas para contribuir para o mundo real.
Tenho uma teoria, os bloggers (aqueles mesmo a sério)são tipos que precisam de atenção, que precisam de um local para exorcizar as suas frustrações. São tipos falhados por natureza. E atenção, estou a falar daqueles que fazem a sua vida girar num mundo puramente blogosférico.
O meu conselho é, portanto, que simplesmente ignores essa gente e que não dês importância a quem não a tem.
Um grande abraço.
Benvindo ao clube...
Cá fica a minha solidariedade e um abraço. Quanto à criatura em causa, o recado ficou aqui:
http://ovalordasideias.blogspot.com/2009/05/insultos-da-insurgente-farmaceutica-mjm.html
A direita burrinha da silva sempre teve problemas de contenção verbal, não é só no ‘Insurgente’. Há ali um mecanismo qualquer que lhes sopra à orelha que abrir aos tiros ilude o défice de massa cinzenta, sei lá.
Oi André,
Antes demais obrigado pelas tuas palavras.
"Alguma vez levaste mesmo a sério essa estória de o pessoal do Insurgente ser Liberal?"
Claro que não. Mas não há nada como demonstrar que não o são.
"...blogosfera portuguesa uma das coisas mais parvas e inúteis que existe"
Aqui sou bem mais optimista. Embora não ache que no todo tenha muita qualidade (não te esqueças que é também um reflexo de Portugal) a verdade é que existem blogues com muita qualidade, cada um com o seu target especifico e em alguns consegues ter um bom debate. Mas tens de ver que a blogoesfera é um "mercado livre" e acaba por sobressair aqueles que têm mais procura o que não é sinal de melhor qualidade.
"Talvez por isso e por não me envolver em lutas de blogs é que não tenho leitores no meu."
Ainda é só no inicio, e pela amostra parece-me que que estás no bom caminho. Vais ver que com o tempo acaba por aparaecer leitores, podem ser poucos mas são bons e interessantes. Embora eu não tenha muitos leitores a verdade é que adoro os que tenho e acabam por comentar (e tenho de deixar desde já aqui o meu tributo à ML, sem desprimor dos outros, espero que ela continue a comentar aqui pois os comentários dela são sempre espectaculares).
Quanto aos comentários tenho de admitir que gosto de comentar em todos os tipos de genéros. Por vezes aprende-se muito mesmo naqueles blogues que à primeira vista não serve de nada comentar e noutros acabamos de encontrar pessoas com quem podemos ter bons debates, e muitas vezes acabas por conhecer novos blogues. Eu sei eu sou um eterno optimista...
"O meu conselho é, portanto, que simplesmente ignores essa gente e que não dês importância a quem não a tem."
Sim neste caso vou seguir o teu conselho. Também acabei por atingir o meu objectivo...
Ricardo,
"Benvindo ao clube..."
Também foste censurado???? Inacreditável!
Por outro lado, aqui está um clube que não me importo de pertencer. :)
Carlos,
Obrigado pelas palavras e parabéns pelo artigo (eu posteriormente deixarei lá também o meu comentário), acho que está excelente e fartei-me de rir na ultima frase!!!
Oi ML,
"A direita burrinha da silva sempre teve problemas de contenção verbal, não é só no ‘Insurgente’."
Sim, nisso eu já estou habituado. Deveria escrever todas as palvras elegantes que costumam utilizar. O que eu mais gostei de ver é como uma pessoa que começa por demonstrar uma arrogância moral acaba por recorrer aos insultos mais vulgares. E a cena com o Carlos vai entrar nos anais de estupidez argumentativa, essa nem na minha imaginação mais fertil eu conseguiria imaginar.
"Há ali um mecanismo qualquer que lhes sopra à orelha que abrir aos tiros ilude o défice de massa cinzenta, sei lá."
Bem como sempre: na mouche!
Fait diver, mas como tem a ver com o tema: eu já fui censurado no Insurgente, depois de ter sido insultado objectivamente, apesar de eu ter mantido o decoro e não ter escrito nada que possa ser descrito como insulto....fui censurado! O meu "insulto" era ter uma opinião que 'eles' não concordavam e ter feito perguntas que 'eles' não queriam responder...fui censurado!
Água das pedras como remédio imediato e como forma de evitar mais indigestões: nunca mais lá ir !
Eles também preferem assim: ou escreves o que eles gostam de ler ou és censurado ou nunca mais lá voltas...das 3....uma delas!
Abraço,
Miguel
Oi Miguel,
No meu caso nem foi preciso Aguas das Pedras, que a indisposição não passou de um soluço.
Mas esta actitude é um bom casestudy comportamental.
Quanto a lá voltar, sim não fui lá mais, foi um "amor" de 1 mês, concretizado esse amor perdeu todo o seu encanto.
Bem dá para fazer um clube de "censurados"... :-)
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