Dias seguintes - tributo a António Feio

O sentimento é mais intenso no dia em que parte. Mas é nos dias seguintes que nos apercebemos da dimensão da sua partida.

A rotina impõe-se mas já não é a mesma. Já não pode ser. Sentimos então a ausência desse alguém que sempre nos marcou. Apercebemo-nos de que todos aqueles pequenos momentos prenchiam parte da nossa vida.

Os dias seguintes são sempre mais difíceis. Mas são tambéns os dias em que nos apercebemos que a morte é apenas um reminder de que ainda estamos vivos e que é agora, e não depois, que temos que apreciar quem está à nossa volta.

A quem partiu resta-nos recordar o melhor que ele nos deu para que seja eternamente vivo.

E neste caso a oferta foi a mais generosa que um ser humano pode dar: um sorriso. Por isso hoje, apesar da tristeza, sorrio...

Imaginar o futuro!

Existem muitos motivos para esta crise. Umas circunstanciais outras fundamentais. No entanto se tivesse que escolher uma diria escolheria a incapacidade de imaginar o futuro como a principal.

Se o fim do sec. XX alimentou muito a imaginação e essa imaginação permitiu muita inovação e mudanças nas nossas vidas, desde do inicio deste seculo que se foi esbatendo esse combustivel até chegarmos a 2010 sem a capacidade e a ousadia de imaginar o futuro. E sem isso iremos continuar a definhar...