Pensamento da noite

Não há nada melhor para deixar de escrever sobre politica do que ir para o mundo da politica!

Assassinato a sangue frio.

Hoje é o dia contra a pena de morte. Já passaram mais de 5.000 anos de humanidade e mesmo assim, em 54 regiões deste planeta, - vulgo países - ainda está instituido esta prática bárbara.

Existem coisas, que por serem obvias para mim, me são dificeis de pensar, ou debater internamente. Esta é sem dúvida uma delas. O que leva uma sociedade, ou seja nós, a aceitar que se termine uma vida de uma forma fria e calculista? Tenho imaginação suficiente para compreender que, num rasgo emocional, uma tragédia aconteça. Ou que, num instinto de auto preservação, todos nós possamos um dia ter a capacidade de matar outro indivíduo.

Mas como compreender que se mantenha um indivíduo isolado num espaço, onde ele não poderá ter nenhuma acção contra nós, e depois, de uma forma perfeitamente calculista e fria, terminar com a sua vida? Normalmente o que descrevi implica que quem faz isso seja apelidado de psicopata. E se, em vez de um, matar sempre com o mesmo modus operandis mais que uma pessoa, será certamente apelidado de assassino em série.

E o que me confunde mais é que, normalmente, nessas regiões o assassinato em série é punido com a pena de morte. Que em si, é tudo idêntico ao crime que estão a condenar. Não deveriam os individuos dessa sociedade colocar a mão na consciência e, por uma questão de consistência, aplicar a mesma pena a si próprios? Ou, em alternativa, encontrarem a solução mais simples e abolir de uma vez por todas a pena capital?

Musíco (con)texto: Roads |Portishead|

Começo uma nova rúbrica. Neste espaço escreverei um texto inspirado na música que colocarei no post. O texto pode ou não ser relacionado com a música, pois uma música é muito mais que uma letra e uns acordes. Na maioria das vezes é pura emoção...

E não poderia começar esta rúbrica com qualquer outra música. "Roads" entrou na minha vida de rompante. Foi paixão à primeira vista - neste caso ao primeiro acorde. Não me recordo ao certo quanda a ouvi pela primeira vez, mas recordo-me da sensação que tive. A voz de "Beth Gibbons" nesta música paralisou-me por completo e até ao ultimo som não fiz mais nada que não "sentir" a música.

Terminado o primeiro contato, parecia que sempre tinha conhecido esta música. Ainda hoje um pequeno arrepio aparece sempre que a começo ouvir. Se muitas outras músicas fazem parte do meu universo musical, elas são meras partes dos meus gostos. Esta é a unica que completa todos os meus sentimentos. É, por assim dizer, a minha música.

Mas é a escolha mais díficil para esta rúbrica, pois, ao som desta música, apenas se pode ouvir e sentir: