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Sempre gostei do 8 e agora já sei porquê


Finalizada que está a 8ª Jornada somam-se mais algumas ilações importantes.
Que o FC Porto está tão forte como no biénio 2003-2004 e que o trabalho que o Professor Jesualdo tem feito no Dragão está à vista de todos – uma excelente defesa com processos simples e seguros aliada a um meio-campo que joga de olhos fechados. Juntamos-lhe Quaresma nas alas e um Lisandro todo-o-terreno na frente e parece-me a mim que o Tri está a caminho. Ainda existe esperança na 2ª Circular?

Nessa conhecida avenida lisboeta onde os queixumes dos automobilistas só são superados pelos “Calimeros” da freguesia de Benfica e Alvalade, os cães vão ladrando e a caravana passa. O Sporting entra definitivamente numa aura de crise anunciada e a avaliar pela atitude competitiva demonstrada com o Nacional, o próximo Natal vai ser mal digerido, ainda que com aparente tranquilidade o Paulo Bento vá aceitando os pontos perdidos. Estranha esta ideia instalada nos grandes de Lisboa, em que não podendo chegar ao 1º lugar ficam agradados com o "objectivo" de garantir a Champions. Sendo portista não consigo entender esse discurso dos adversários, simplesmente porque os Dragões não aceitam uma derrota com tanto ânimo leve. Místicas…

Mas estando os Leões a perder fôlego na tabela classificativa, lembro-me do actual 2º classificado. O Benfica tem de facto uma equipa que parece assimilar o único aspecto positivo que encontro em Camacho como treinador – a abnegação que imprime no jogo sempre que a vergonha se instala durante o intervalo no balneário. Depois de se aperceberem que podiam estar naturalmente a perder por 2-1 (Makukula tinha falhado o penaltie) e que Bynia já devia ter sido expulso (estariam a jogar com 9), decidiram sacrificar-se e imprimir um ritmo mais alto no seu jogo. Salva-se a vontade porque os processos tácticos não são visíveis. O trabalho do espanhol parece residir exclusivamente em acordar um balneário inebriado pelo marasmo, reféns que estavam das parvoíces do seu presidente. A “melhor equipa dos últimos dez anos” e a confiança para “vencer a Liga dos Campeões” são coisas que embebedam qualquer Barbas ou Máximo Taxista.

Sistema

Intrigam-me as nomeações do Sr. Vítor Pereira. Lucilio “Melancia” na Madeira e um árbitro de Lisboa num Benfica-Maritímo dão-me sempre uma enorme dose de arrepios.

Para o FC Porto ficou a fava, com um árbitro novo, e que para além do talento que lhe atribuem ainda é funcionário da Câmara de Matosinhos, habitual mecenas da equipa leixonense. Está registado.

Areia para os olhos


Onde estão os jornais de propaganda – os intratáveis Rascord e Xixa – por não fazerem uma capa com a mais recente contratação encarnada para a próxima época? Ricardo Esteves de seu nome, defesa direito do Marítimo, que na antevisão do jogo lembrou-se de afirmar que era benfiquista desde pequenino e que mantém o sonho de jogar de águia ao peito, fez a mais estapafúrdia grande penalidade de que tenho memória. Ele não se limitou a meter a mão, o Esteves fez literalmente um gesto técnico digno das grandes Ligas Europeias de Voleibol. Editores da rubrica dos melhores momentos desportivos do canal Eurosport, metam os olhos nisto já que na super promotora MJM não parece existir vontade de ver para além do dourado. Coitadinha, atafulhada que está em processos encomendados não pode prestar atenção a estas coincidências de cores mais garridas. Está desculpada, a areia nos olhos consegue de facto ser uma coisa aflitiva. Resta-me a esperança que o lance do devoto da águia seja visionado por todos os europeus – fazer rir também é necessário e deve ser partilhado por todos, ainda mais agora que o Tratado de Lisboa foi conseguido.

Concluo com o alivio de saber que o Ricardo Esteves não disse antes de um jogo com o FC Porto que era portista desde pequenino, que queria jogar de Dragão ao peito, que faria duas grandes penalidades absurdas e que ainda por cima fosse como este é, genro do Nelo Vingada, que não é portista mas que nós vamos fingir que é…

8ª jornada, 8 pontos de distancia para o segundo classificado. Sempre gostei do número 8 e agora já sei porquê.


(Texto escrito por um portista que pode usar óculos com lentes azuis mas que seguramente não tem areia nos olhos. Coloquem as vossas lentes favoritas e comentem)

Estreias, indecisões e muitas coisas que ficam por contar....


Nesta absoluta estreia da crónica desportiva no espaço Tuga, podia opinar sobre as sete vitórias do FC Porto na Liga Portuguesa e o excelente trabalho que o Professor Jesualdo está a fazer em plena época de Apito Dourado; da melhor equipa do Benfica nos últimos dez anos; de mais uma campanha kit sócio do Luís Filipe Vieira; dos choradinhos do Paulo Bento e dos ataques repentinos de Camacho a Alvalade e que indiciam um profundo e competitivo campeonato da Segunda Circular; da estreia de Makukula na Selecção Nacional; da ausência de murros nos jogos desta; da multa de 35 000 euros da Federação Portuguesa de Futebol ao brasileiro; das noitadas do Deco em Barcelona e de Miguel em Valência; da apetência goleadora de Hugo Almeida na Bundesliga; do piscar de olho de Figo à Major Soccer League Americana; de Vítor Baía e Rui Costa como presidentes de Porto e Benfica respectivamente e em como isso poderá influenciar a relação entre clubes; do apito encarnado, azul ou verde; da retirada da família Loureiro do mundo do futebol; das constantes mudanças de vontade de Liedson em relação a qual selecção deve representar; do olho negro do C. Ronaldo; da nomeação deste, de Deco e Quaresma para a “Bola de Ouro”; da crise directiva no Braga; da pouca afluência de espectadores no Estádio da Luz; do Fátima que ao que parece agora também faz milagres no futebol; das excelentes equipas que o Carvalhal insiste em criar; da recusa do Mourinho à Selecção Inglesa; do relvado de Alvalade; dos aspectos positivos e negativos do mandato de Hermínio Loureiro; do reforço financeiro da União Europeia no desporto; na saída precoce de José Veiga do Swindon Town; das constantes capas de jornais com o Benfica em destaque que significam uma clara forma de tapar o sol com uma peneira; dos comentários estapafúrdios do João Querido-Manha, do Rui Santos, do Jorge Coroado, do Miguel Sousa Tavares ou da pior jornalista da actualidade a conhecida Leonor Pinhão; do filme e da barraca que o filme do marido desta está a realizar; do péssimo trabalho da Maria José Morgado; da transferência do Mantorras e do arranjinho que foi o arquivamento deste processo; das contratações falhadas de Benfica, Porto e Sporting; da quantidade industrial de jogadores emprestados pelos clubes grandes da nossa praça; dos milhões que os Açores e a Madeira gastam todos anos nas suas equipas “brasileiras”; da má escolha desportiva de Simão e Ricardo; do sucesso de Nani no Manchester e de Pele no Inter; dos problemas de Tiago na Juventus; na próxima ronda da Liga dos Campeões; dos 30 milhões de euros de passivo do FC Porto e dos 160 do Benfica e Sporting; do preço dos bilhetes; da falta de espectáculo no futebol português; da Taça da Liga e a evidência de ter sido feita para os clubes chamados pequenos; dos ordenados em atraso no futebol; das querelas entre Ministério Público e a Judiciária; das convocatórias de Scolari e a influência que a Nike e alguns empresários têm nestas; do balneário envenenado na Luz; do medo de Paulo Bento em ver partir Veloso já em Janeiro; das histórias que conheço dos jogadores do Estoril-Praia e as suas ligações com Veiga; da morte do Juca ou do Barrigana; da vida extra conjugal do Eusébio…

Enfim, podia de facto falar sobre muita coisa, mas não me apetece. Na próxima semana, prometo que escolho um tema. Que tal uma ajuda na escolha? A caixa de comentários está ao vosso dispor e não tem custos de valor acrescentado.

O Stran não sabe no que se meteu. Isto de convidar um portista para escrever uma crónica semanal é nos tempos que correm um claro sinal de coragem ou no mínimo de total loucura.

Até para a semana!

Teixeira