Despedir

Começam com 5 segundos de silêncio. Cinco segundo que demoram uma eternidade. Nesses segundos nada se diz, ajeitam-se papéis, tem-se uns ultimos pensamento. Há minha frente a pessoa é toda ela nervos e ansiedade. Em igual medida tenta colocar no rosto uma face de calma absoluta, mas é traida pela suas mãos irrequietas e o seu olhar que teima em pousar em lado nenhum.

Os meus pensamentos derivam entre a justificação racional e o tem de ser. Respiro fundo mentalmente e sei no meu inconsciente que os meus pensamento são sem significado e sem serem sentidos.

E depois quebra-se o silêncio, diz-se ao que se vem, é se transparente e explica-se tudo o quanto é possível explicar. Então as mãos acalmam e os olhos focam a sua atenção em nós. Tudo muda nesse instante com essas palavras ditas e escritas, entregues em forma de carta.

O nervoso já não existe e ansiedade à muito que desapareceu. Em seu lugar ficam o rosto de aceitação à nova realidade, uma aceitação de impotência perante a nova realidade e no seu olhar uma tristeza que tenta disfarçar. Um tristeza pelo fim de algo, de algo que demorou muito a construir e que já não se pode recuperar.

Terminamos com votos de esperança, ultimos desejos de uma realidade irrepetível...

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