Assisti ontem ao debate republicano na CNN. Foi bastante interessante, principalmente para conhecer melhor a realidade americana e para comparar com a nossa própria sociedade. O local não poderia ser melhor: na Biblioteca de Ronald Reagan, o grande construtor da América idílica que crescemos a ouvir falar.
A realidade porém é bastante diferente desses tempos e foi interessante assistir aos paralelismos dos problemas americanos com os nossos próprios problemas. Como por cá, também a classe média está a empobrecer, um dos maiores problemas que a sociedade americana enfrenta. A disparidade entre ricos e pobres é cada vez maior e isso repercute-se no bem estar de todos. É um engano pensar que o Estado é o grande culpado deste facto, e que o nosso modelo é o gerador deste empobrecimento. Se assim fosse a classe média americana não sofreria dessa maleita.
Mas este não é o problema americano mais inesperado que existe. O mais importante, e que merece uma forte reflexão na nossa sociedade, é o modelo de Segurança Social que existe. Por cá apontasse que o nosso modelo está moribundo, que, da forma como foi criado, implica a falência do estado, e existe um forte movimento de liberalismo deste modelo, atribuindo este ónus à sociedade privado e usando como modelo o modelo virtuoso americano. Nada mais errado, eles como nós também sofrem do mesmo problema e também eles estão em perigo de ver o seu modelo de reformas falido.
Só que uma grande diferença existe na nossa sociedade comparativamente à sociedade americana: a solidariedade. É que, ao contrário da nossa sociedade, a sociedade americana não tem um tecido social permanente (o estado) de apoio ao estrato mais pobre da sociedade. Essa componente é garantida e baseada na sociedade civil. Assim quando por cá falamos no empobrecimento da classe média ou da falência do modelo de Segurança Social sabemos que por trás existe uma garantia de apoio e que é suportado por todos. Na América não existe esse suporte e o risco de, depois de uma vida inteira a trabalhar, uma pessoa ficar sem casa, sem rendimento, no meio da rua, a morrer por falta de cuidados médicos é real e elevado.
Por isso pensem muito bem da próxima vez que ouvirem um politico a atacar o nosso modelo e apoiar o modelo americano. Será que gostariam de correr o risco de ser esse idoso no meio da rua a morrer sem receber qualquer apoio?
Ou preferiam dizer que isso acontece ONLY IN AMERICA!!!!
A realidade porém é bastante diferente desses tempos e foi interessante assistir aos paralelismos dos problemas americanos com os nossos próprios problemas. Como por cá, também a classe média está a empobrecer, um dos maiores problemas que a sociedade americana enfrenta. A disparidade entre ricos e pobres é cada vez maior e isso repercute-se no bem estar de todos. É um engano pensar que o Estado é o grande culpado deste facto, e que o nosso modelo é o gerador deste empobrecimento. Se assim fosse a classe média americana não sofreria dessa maleita.
Mas este não é o problema americano mais inesperado que existe. O mais importante, e que merece uma forte reflexão na nossa sociedade, é o modelo de Segurança Social que existe. Por cá apontasse que o nosso modelo está moribundo, que, da forma como foi criado, implica a falência do estado, e existe um forte movimento de liberalismo deste modelo, atribuindo este ónus à sociedade privado e usando como modelo o modelo virtuoso americano. Nada mais errado, eles como nós também sofrem do mesmo problema e também eles estão em perigo de ver o seu modelo de reformas falido.
Só que uma grande diferença existe na nossa sociedade comparativamente à sociedade americana: a solidariedade. É que, ao contrário da nossa sociedade, a sociedade americana não tem um tecido social permanente (o estado) de apoio ao estrato mais pobre da sociedade. Essa componente é garantida e baseada na sociedade civil. Assim quando por cá falamos no empobrecimento da classe média ou da falência do modelo de Segurança Social sabemos que por trás existe uma garantia de apoio e que é suportado por todos. Na América não existe esse suporte e o risco de, depois de uma vida inteira a trabalhar, uma pessoa ficar sem casa, sem rendimento, no meio da rua, a morrer por falta de cuidados médicos é real e elevado.
Por isso pensem muito bem da próxima vez que ouvirem um politico a atacar o nosso modelo e apoiar o modelo americano. Será que gostariam de correr o risco de ser esse idoso no meio da rua a morrer sem receber qualquer apoio?
Ou preferiam dizer que isso acontece ONLY IN AMERICA!!!!
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