Crise, qual crise?!? (parte 1 de 3)

Definitivamente a palavra crise entrou na moda e no vocabulário dos Portugueses. Não existe nenhum noticiário que não a contemple o Jornal que não tenha esta palavra na sua primeira página.

No entanto agora que os ânimos estão um pouco mais serenos, talvez seja interessante fazer um flashback para recapitular os vários incidentes e algumas ironias. Tudo se iniciou com um aumento sucessivo do preço dos combustíveis. Rapidamente as pessoas acordaram para a realidade de que o petróleo está a subir e de que continuará a subir.

Numa primeira reacção, as pessoas, descontentes com os sucessivos aumentos de preço e correspondentes aumentos de lucros dessas empresas, protestaram contra tal facto. No entanto rapidamente vieram a terreno alguns “opinion makers”defender a "peregrina" ideia de baixar o ISP para que tenhamos igual nível de impostos com Espanha. Ora não sendo novidade, o “timming” não poderia ter sido mais certo para criar pressão nesse sentido, e não poderia ser mais desadequada para o problema em questão. Esta redução só teria efeito a curto prazo e penalizaria todas as pessoas (mesmo as que não têm carro e utilizam meios de transporte mais eficientes). Adiaria os efeitos do problema (crescimento do preço do petroleo) e como todos sabemos isso apenas serve para criar um problema bem maior no futuro.

No entanto a defesa desta medida acabou rapidamente por se instalar nos serviços que mais consomem derivados de petróleo e ainda antes que os automobilistas pudessem organizar uma manifestação já os armadores de pesca começaram o seu protesto. Os ânimos exaltaram-se e verificamos que pela primeira vez a polícia falhou.

Entretanto e em protesto os automobilistas organizaram um boicote a algumas marcas de combustíveis (não se esqueçam deste facto).

Nenhum comentário: