Avaliação, qual avaliação?!?!?

[Nota: era para deixar o post de agradecimento aos professores até ao final da semana (que se encontra abaixo deste artigo, mas um passeio à página do Ministério da Educação (ME) "obrigou-me" a escrever este artigo]
A avaliação foi uma forte aposta desta ministra e deste ministério. Muito se falou, e a ministra para a defender utilizou todos os "truques" que pode, quase que roçando o insulto gratuito. No entanto estava a passear pela página do ME e eis que dou por mim com os formulário (para ver clique aqui) da famosa avaliação. E por curiosidade abri o formulário de avaliação dos professores do secundário (clique aqui) e a respectiva auto-avaliação (clique aqui).
Eis que fui supreendido pelo "brilhantismo" destes..., bem não tenho palavra para os qualificar!
Tanto tempo perdido em discussões, tantas expectativas e depois o resultado foi este, uma ficha de avaliação que será tudo menos acertiva e objectiva, e uma ficha de auto-avaliação que não cruza com a de avaliação.
Eu não sou nenhum entendido no assunto mas dou uns conselhos a esta ministra (visto que ela não deve saber muito deste assunto):
1. As fichas de avaliação devem ser o mais objectivas possíveis e deverão ser estabelecidos critérios concretos e mensuráveis para se poder atribuir uma nota (como está construida dificilmente se conseguirá fundamentar a diferença, por exemplo, entre o 5 e o 6).
2. As fichas de auto-avaliação deverão ser identicas às de avaliação. Isto para se poder retirar informações utéis. Para se poder comparar as duas informações e analisar diferenciais entre ambas. Este é um dado básico.
3. Nunca uma ficha de avaliação, ou no caso concreto, de auto-avaliação os campos a serem preenchidos deveram ser declarativos. Para se fundamentar ou escrever texto existem os "campos de observação". Eles devem ser ou númericos ou limitados a uma nota avaliatória. Este é um facto também básico.
Por agora foi o que consegui apanhar só com 10mn de análise. Estes formulários são muito fracos para quem andou quase 1 ano a advogar este processo como uma solução milagrosa para os problemas do ensino. Se ainda existisse alguma duvida que todo este processo não teria nenhuma utilidade, estes formulários são a melhor prova desse facto.
Ridiculo, é o mínimo que me apetece dizer!!!
Só uma nota final: para a próxima expliquem um pouco melhor o que fazer nos formulário quando assinarem o despacho. É só mais um conselho, meu caro Jorge (substituto da ministra)!

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