“Desta forma julgo importante para melhorar a qualidade da democracia em Portugal que apareça um partido liberal que defenda abertamente e sem preconceitos os seus valores e modelos”
Concluí assim o meu último artigo sobre o Liberalismo e a sua importância no panorama político português actual. Olhando para o panorama politico-partidário não existe realmente um partido liberal, no entanto, o mundo politico é mais do que os partidos e do que o seu oligopólio mediático.
Há uns anos atrás deparei-me com um movimento liberal que me chamou a atenção: o Movimento Liberal Social. Primeiro porque rompia com os valores que habitualmente associamos ao Liberalismo em Portugal. Depois porque pareceu-me um movimento “mais honesto” aos valores que reconhecia no Liberalismo. Assim, no ano passado pedi uma entrevista ao seu Presidente (Miguel Duarte), de forma a publicá-la aqui no meu blogue.
Por motivos diversos não tinha tido oportunidade de publicá-la, no entanto julgo este mês ser o mais adequado, dada a temática em análise.
Numa altura que se fala em afastamento dos jovens da política, em que se critica a falta de honestidade e verticalidade no meio político é importante olhar com mais atenção para os movimentos, que na sua maioria não têm estes defeitos.
Olhar de fora para o Movimento Liberal Social é olhar com esperança para a política. Poderão parecer estranhas estas minhas palavras, visto que defendo uma ideologia social-democrata, mas acredito que Portugal só poderá evoluir se tiver opções na resolução de problemas. O debate de ideias traz o progresso e evolução. Utilizando uma palavra tão cara a este movimento: só com Concorrência de Ideias é que realmente poderemos encontrar melhores soluções para os problemas que nos afectam.
Neste sentido deixo aqui uma breve descrição deste Movimento efectuado por quem, muito melhor do que eu, o poderá fazer, pelo seu Presidente Miguel Duarte:
“O Movimento Liberal Social é uma associação política, com três anos de vida, que tem como objectivo vir a constituir-se no primeiro partido liberal em Portugal do pós 25 de Abril. O conceito de liberalismo do MLS é o mesmo dos partidos liberais sociais de outros países europeus (ex: D66 na Holanda), e por isso mesmo, o MLS tem relações internacionais com a Internacional Liberal e com o Partido Liberal Europeu (ELDR), que é hoje a terceira maior força política do parlamento europeu.
Em termos ideológicos, o MLS não deve ser encaixado num simples eixo esquerda-direita, dado que defende uma diminuição do controlo do Estado, quer ao nível das liberdades individuais, quer ao nível da economia, por forma a maximizar a liberdade individual. Isto é o oposto da esquerda, que defende uma economia altamente regulada pelo Estado, e da direita conservadora (onde se encaixam o PSD e o PP), que é altamente moralizadora ao nível dos costumes e impõe pela via legislativa limitações à liberdade individual que têm muitas vezes a ver com a moral religiosa dominante.
Aliás, eu iria mais longe. Como liberal, não considero que a esquerda acredite verdadeiramente na liberdade individual (defende por exemplo, as célebres quotas e é também moralizadora em temas como a prostituição), ou que direita conservadora seja verdadeiramente liberal economicamente (muitas vezes, a direita conservadora pretende como seu suposto "liberalismo"apenas defender alguns interesses particulares e não acredita verdadeiramente na economia de mercado, apelando frequentemente, por exemplo ao proteccionismo e nacionalismo económico).
Um liberal do MLS, tipicamente acredita no indivíduo como a força motriz da sociedade e do desenvolvimento, e na liberdade como algo essencial para a felicidade e para a realização individual. O Estado deve por isso ser reduzido a um papel de regulador e de protector da liberdade, onde se enquadram também algumas liberdades positivas, que defendemos, como sejam o direito à educação e à saúde.”
Concluí assim o meu último artigo sobre o Liberalismo e a sua importância no panorama político português actual. Olhando para o panorama politico-partidário não existe realmente um partido liberal, no entanto, o mundo politico é mais do que os partidos e do que o seu oligopólio mediático.
Há uns anos atrás deparei-me com um movimento liberal que me chamou a atenção: o Movimento Liberal Social. Primeiro porque rompia com os valores que habitualmente associamos ao Liberalismo em Portugal. Depois porque pareceu-me um movimento “mais honesto” aos valores que reconhecia no Liberalismo. Assim, no ano passado pedi uma entrevista ao seu Presidente (Miguel Duarte), de forma a publicá-la aqui no meu blogue.
Por motivos diversos não tinha tido oportunidade de publicá-la, no entanto julgo este mês ser o mais adequado, dada a temática em análise.
Numa altura que se fala em afastamento dos jovens da política, em que se critica a falta de honestidade e verticalidade no meio político é importante olhar com mais atenção para os movimentos, que na sua maioria não têm estes defeitos.
Olhar de fora para o Movimento Liberal Social é olhar com esperança para a política. Poderão parecer estranhas estas minhas palavras, visto que defendo uma ideologia social-democrata, mas acredito que Portugal só poderá evoluir se tiver opções na resolução de problemas. O debate de ideias traz o progresso e evolução. Utilizando uma palavra tão cara a este movimento: só com Concorrência de Ideias é que realmente poderemos encontrar melhores soluções para os problemas que nos afectam.
Neste sentido deixo aqui uma breve descrição deste Movimento efectuado por quem, muito melhor do que eu, o poderá fazer, pelo seu Presidente Miguel Duarte:
“O Movimento Liberal Social é uma associação política, com três anos de vida, que tem como objectivo vir a constituir-se no primeiro partido liberal em Portugal do pós 25 de Abril. O conceito de liberalismo do MLS é o mesmo dos partidos liberais sociais de outros países europeus (ex: D66 na Holanda), e por isso mesmo, o MLS tem relações internacionais com a Internacional Liberal e com o Partido Liberal Europeu (ELDR), que é hoje a terceira maior força política do parlamento europeu.
Em termos ideológicos, o MLS não deve ser encaixado num simples eixo esquerda-direita, dado que defende uma diminuição do controlo do Estado, quer ao nível das liberdades individuais, quer ao nível da economia, por forma a maximizar a liberdade individual. Isto é o oposto da esquerda, que defende uma economia altamente regulada pelo Estado, e da direita conservadora (onde se encaixam o PSD e o PP), que é altamente moralizadora ao nível dos costumes e impõe pela via legislativa limitações à liberdade individual que têm muitas vezes a ver com a moral religiosa dominante.
Aliás, eu iria mais longe. Como liberal, não considero que a esquerda acredite verdadeiramente na liberdade individual (defende por exemplo, as célebres quotas e é também moralizadora em temas como a prostituição), ou que direita conservadora seja verdadeiramente liberal economicamente (muitas vezes, a direita conservadora pretende como seu suposto "liberalismo"apenas defender alguns interesses particulares e não acredita verdadeiramente na economia de mercado, apelando frequentemente, por exemplo ao proteccionismo e nacionalismo económico).
Um liberal do MLS, tipicamente acredita no indivíduo como a força motriz da sociedade e do desenvolvimento, e na liberdade como algo essencial para a felicidade e para a realização individual. O Estado deve por isso ser reduzido a um papel de regulador e de protector da liberdade, onde se enquadram também algumas liberdades positivas, que defendemos, como sejam o direito à educação e à saúde.”
[P.S. Amanhã publicarei a entrevista completa com o Miguel Duarte]
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