Fazem quatro anos que os EUA invadiram ilegalmente o Iraque com a desculpa que este teria à sua disposição as “famosas” armas de destruição maciça.
Hoje, o mundo sabe que esta guerra é uma das maiores fraudes políticas da história recente. O governo americano passa por cima de todas as convenções internacionais para assim poder colocar em práctica uma estratégia imperialista e neo-colonial. As riquezas petroliferas e as vantagens geo-estratégicas não explicam tudo. Acima de todas as hipocrisias capitalistas está a loucura e o autismo suicida de Bush.
O desejo de fazer o mundo à imagem da América não é novo. Os americanos ainda não perceberam que o resto do planeta tem uma identidade milenar nas mais diversas regiões do mundo e que não tem nem querem ser submetidos ao “american way of life” que já demonstrou só servir para engordar o corpo e poluir a mente.
O Iraque é o palco de uma autêntica guerra civil entre facções políticas e religiosas, “Estive com uma patrulha de infantaria a semana passada. Um dia lutámos contra sunitas, no dia seguinte contra os xiitas, no terceiro tiveram de combater o Exército de Deus, um grupo dissidente xiita que tinha armazenado enormes quantidades de munições. Se temos de combater todos estes grupos diferentes, quem são os nossos amigos aqui?”, perguntava há dias em Bagdad um repórter, citado por William Tucker, enviado do American Spectator.
Ora, é por mais evidente que ao contrário do que Bush afirma, no Iraque os únicos que estão do seu lado são os fantoches que os americanos colocaram no poder. Uma ilegalidade que suplanta a ditadura de Saddam. Os EUA já mataram mais de 650 000 iraquianos e o mundo nada faz. Assiste impávidamente ao aniquilamento de um povo que esteve à mercê de déspotas durante demasiado tempo sem que a comunidade internacional se preocupasse até ao dia em que a família Bush ali viu uma enorme oportunidade de negócio. Os interesses económicos dos EUA nesta guerra são evidentes. Actualmente centenas de empresas proliferam no Iraque, lucrando com negócios que precisam da guerra e da destruição para se auto-sustentarem. Beneficiam dos grandes contratos decorrentes da campanha bélica. General Electric, Lockheed Martin, Boeing, Northrop Grumman e Halliburton, entre outras são alguns exemplos desta realidade.
Guantanamo, é outra das aberrações desta guerra. Milhares de civis são diáriamente torturados sem direito a advogados para se defenderem e estão à mercê de um país que teima em não assumir o humanismo como um dever. Aquilo que estes EUA tem feito nos últimos anos apenas serve para criarem ódio e sede de vingança. Depois não se queixem. A nova ordem mundial imposta pelos interesses de Bush estão a criar a aproximação de uma verdadeira guerra. Sim, porque o tio Sam terá que se mentalizar que o derramamento de sangue só agora começa e ainda falta “assistirmos” ao verdadeiro contra golpe. O palco da verdadeira guerra vai ser exibida em pleno território americano. O único lugar de onde nunca deveria ter saído este mórbido confronto. Os americanos terão de sofrer na pele aquilo que tem feito ao mundo. Quando os democratas chegarem ao poder será tarde demais. Os dados (entenda-se ódios) estão lançados.
por Teixeira
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