Esquizofrenia "Referendal"

Este referendo já deu muito que falar. e não é a 4 dias do referendo que eu vou trazer alguma novidade ou alguma luz à discussão. Mas esta discussão trouxe o "melhor" que há em nós. Acho que mais do nunca a vertente moralista se fundiu com a vertente passiva dando fruto à "Esquizofrenia Referendal" (doença que ataca só em alturas do referendo).

Como alguém afirmar, como eu ouvi, que é a favor da despenalização e que vai votar "Não"? é de uma irracionalidade total (para que não haja dúvidas estou a chamar irracional ao pensamento e não à pessoa que o formulou). São duas posições completamente incompatíveis e por mais que os "Tugas" queiram defender essa posição só o podem enquadrando numa lógica de uma doença mental qualquer. Não quero ser bruto mas é que passado nove anos estava à espera de uma coerência maior.

Outra faceta nova desta posição foi a recente proposta de, mesmo que o "Não" ganhe, fazer passar uma legislação que não obrigue a mulher a cumprir pena. Ora aqui entramos outra vez num erro de lógica. É que se a mulher praticar um aborto e não for penalizada, isso, na minha modesta opinião, chama-se despenalização e se as pessoas votarem "Não" no referendo estão a afirmar que não concordam com a mesma.

Bastante simples, não é!!!

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