Sempre tive dificuldade em entender que se afirma como não sendo feminista. Afinal ser-se feminista é somente ser a favor dos direitos humanos e da sua aplicação universal a qualquer indivíduo.
Hoje escolho este tema pois hoje a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) agendou uma celebração para esta quarta-feira, que sairá, às 13h00, do n 28 da Avenida Sidónio Pais, em Lisboa
Eu nem consigo imaginar como terá sido à 35 anos atrás. Refere a noticia que foram insultad@s por cerca de 3.000 homens. Impensável nos dias que correm e ainda bem. No entanto, não é por ser menos visível que os problemas diminuiram. Hoje tudo é mais invisível e por isso mais difícil de combater. É uma discriminação latente mais que uma discriminação presente. Ela deriva de acesso a cargos de poder, de forma de raciocinar, de um conjunto de pequenos gestos e acções, fruto da nossa cultura que estão no nosso dia-a-dia e que fazem que, infelizmente, a realidade de uma mulher ainda seja normalmente diferente da realidade de um homem.
Pessoalmente ambiciono por um futuro em que já não seja possível escrever, com algum sentido lógico, a frase com que terminei o ultimo parágrafo. Que cada individuo seja livre para ser o que bem entender e que isso parta da escolha do individuo e não das regras de sociedade externamente impostas.
P.S. É a segunda vez que leio que uma famosa "queima de soutiens" na realidade não existiu (o mesmo ocorreu nos USA). É impressionante a capacidade orwelliana de transformar uma ficção em realidade por quem domina uma sociedade.
2 comentários:
É a segunda vez que leio que uma famosa "queima de soutiens" na realidade não existiu
E não existiu mesmo. Não há um único relato da época que o testemunhe e quem participou nega o disparate. Não passou de um jogo de palavras idiota de um jornal, que foi depois repetido exaustivamente pela querida imprensa da época e pelos machos ibéricos pouco dados a grandes espessuras de raciocínio.
Desculpa só responder agora, que só agora vi este teu comentário.
Eu passei a minha vida toda a pensar que era verdade (se bem que nunca tinha entendido perfeitamente esse acto). E depois numa semana tudo se desfez.
Neste caso é caso para dizer que a realidade é bem melhor que a ficção...
Postar um comentário