Sai de casa "com um brilhosinho nos olhos" mas angustiado por dentro. Desde as primeiras eleições nunca tinha estado assim sem saber em quem votar. Decidi olhar com cuidado à mnha volta e fazer um flashback ao mesmo tempo que faria um flashforward à espera que algo apaziguasse o meu espírito.
Eu sei que é um exagero, "afinal é apenas um voto" pensava eu para me acalmar. No entanto não surtia qualquer efeito. Afinal não é um acto qualquer aquele que ia fazer e eu sentia, mais do que em qualquer outra altura, a responsabilidade desse acto.
Passaram-se mais algumas musicas e com o aproximar do momento apaziguei o meu espirito e tomei uma decisão e votei. Não sei se fiz bem, mas fi-lo pela minha cabeça, pelos meus motivos e só a mim me posso responsabilizar caso tenha sido um erro.
Saí sorridente, para trás ficou a doce angustia de um indeciso. Uma angustia que tenho de agradecer às gerações que me precederam e que me permitiram ter hoje a liberdade de poder escolher, votar, acertar e errar.
Mas esta foi para mim umas eleições muito importantes pois são provavelmente as ultimas que eu terei esta indecisão. Uma vez mais graças a quem ajudou a implementar este regime democrático, posso fazer aquilo que julgo ser meu dever fazer: ajudar na construção de uma alternativa!