A doce angustia de um indeciso...

Sai de casa "com um brilhosinho nos olhos" mas angustiado por dentro. Desde as primeiras eleições nunca tinha estado assim sem saber em quem votar. Decidi olhar com cuidado à mnha volta e fazer um flashback ao mesmo tempo que faria um flashforward à espera que algo apaziguasse o meu espírito.

Eu sei que é um exagero, "afinal é apenas um voto" pensava eu para me acalmar. No entanto não surtia qualquer efeito. Afinal não é um acto qualquer aquele que ia fazer e eu sentia, mais do que em qualquer outra altura, a responsabilidade desse acto.

Passaram-se mais algumas musicas e com o aproximar do momento apaziguei o meu espirito e tomei uma decisão e votei. Não sei se fiz bem, mas fi-lo pela minha cabeça, pelos meus motivos e só a mim me posso responsabilizar caso tenha sido um erro.

Saí sorridente, para trás ficou a doce angustia de um indeciso. Uma angustia que tenho de agradecer às gerações que me precederam e que me permitiram ter hoje a liberdade de poder escolher, votar, acertar e errar.

Mas esta foi para mim umas eleições muito importantes pois são provavelmente as ultimas que eu terei esta indecisão. Uma vez mais graças a quem ajudou a implementar este regime democrático, posso fazer aquilo que julgo ser meu dever fazer: ajudar na construção de uma alternativa!

Vota!

Gamado do Tiago Ramalho que gamou do Daniel Oliveira

Reflexões...

Antes demais peço desculpa a todos os que passaram aqui e não encontraram nenhuma novidade ou respostas, tem sido um tempo dificil (e não por causa das campanhas).
Bem amanhã será o dia de reflexão e eu nunca pensei chegar aqui e escrever o que irei escrever. Comecei com um voto quase totalmente decidido, mas por motivos que já explicarei terei de reflectir e reflectir e reflectir (deixo desde já um convite a quem me queira ajudar) e decidir em quem votar.
E sim a minha indecisão é entre o PS e o BE. Raios, nunca tive tão indeciso como agora. Eu a pensar que o BE iria receber finalmente o meu votos e os "gajos" do PSD tinham de arranjar uma alternativa tão má, mas tão má que eu estou neste ponto. Bem não foi apenas os "gajos" do PSD mas também muitos dos seus apoiantes por este mundo blogosferico que me fazem temer o pior. Bem, estou a ser um pouco injusto, pois existiram apoiante do PS que fizeram com que vacilasse e alguns fartaram-se de trabalhar para que eu chegasse aqui neste e tivesse esta duvida. Raios será que foi assim que Jesus se sentiu na ultima noite quando foi tentado? E já agora aproveitando este estupido exemplo: será que depois serei cruxificado?
Mas para que não haja duvidas eu não confio em Socrates, e acho horrivel que o PS tenha neste momento figuras "destacadas" como Vitalino Canas ou Augusto Santos e Silva. Achei deplorável a actitude deste governo na questão dos professores. Se pudesse votava a favor do PS e contra o Socrates, mas não posso e por isso penso:
- Será que voto PS e depois muitos indecisos também votam PS e o "gajo" ainda fica com maioria absoluta e a pensar que está legitimado para voltar a cometer os mesmos erros outras vez?

ou
- Será que voto BE e depois muitos indecisos também votam BE e o PSD ganha as eleições?
É que eu não concordo com tudo do PS, nem concordo com tudo do BE mas raios eu não concordo mesmo nada com o PSD...
Alguém me quer ajudar?
P.S. A unica coisa positiva é que eu sei que é a ultima vez que tenho esta duvida nas legislativas, pois nas próximas eleições já posso votar em "mim"... (mas isto é uma conversa para depois)

Basta pagarem mais...

Já vai longa a discussão sobre este tema. Já quase se disse tudo, no entanto julgo que falta dizer duas coisas obvias. (1) No contexto actual a lei laboral já é muito flexível. Existem quase todos os tipos de contratos possíveis de se imaginar, uns mais flexiveis outros mais rigidos. (2) Que a solução para este problema está nas mãos dos empresários! Como? Simples, paguem mais dinheiro aos contratos mais flexíveis!

O que eu estranho nesta temática é que os "amantes" da iniciativa privada estejam à espera que seja o Estado a solucionar o que eles consideram um problema. É no minimo ser-se prequiçoso! Raios é só aplicar a famosa "lei" de oferta e procura que tanto amam!

E o mais irracional é que gastam milhões de euros em lobbies para mudar as leis actuais quando, se calhar, seria mais barato (e de certeza mais rápido) aplicarem esse dinheiro nas pessoas! E o que eu não entendo é como querem convencer alguém a ter contratos mais flexiveis quando são estas que têm salários mais baixos e piores condições?

Wall it!

E tal como disse anteriormente comecei a escrever outra vez no Wall of Speech! Assim deixo aqui o link para o primeiro artigo que abrirá a secção "wall it" (onde colocarei o link para o artigo) para quem tenha tempo e o queira perder a ler:

- Invasion;

Espero que gostem!

No meu País...

Este não é o meu país! Nem este e muito menos este… No meu país a maioria não esmaga a minoria. Não te discrimina por seres diferente. No meu país não existe apenas um conceito de família, mas sim múltiplos e todos eles importantes. O meu país não se estrutura à volta da família mas sim do indivíduo e no meu país cabem todos os indivíduos, todas as famílias e nenhuma é excluída. Dito de outra forma e em inglês: No meu país “no one is left behind…”

No meu país não existe um timming perfeito para temas de direitos humanos. No meu país esses são os temas mais urgentes, os temas mais importantes.

No meu país, o X da geração X não significa incógnita mas sim um terceiro género, e um quarto e um quinto se existir imaginação para tanto. No meu país o género é da pessoa e só dela, não é algo determinado pelos caprichos da natureza ou de outra pessoa qualquer e muito menos do Estado.

O meu país não é só meu, é de todos, dos nascidos cá e dos nascidos lá.
Ontem à noite, estranhamente, não me senti no meu país! Será que serei o seu único habitante?

Mundo-cão!

Ouvi uma vez mais, cada vez mais cansado, defender que pessoas do mesmo sexo não devem ter acesso ao casamento. Pior foi a pergunta inicial que introduziu este tema: Se no meio desta crise este assunto era urgente? Questiono-me se na altura do fim da escravidão se alguém também colocou essa questão, ou quando terminaram com a pena de morte, ou quando o voto foi alargado a pessoas do sexo feminino.
Efectivamente existe um timming correcto para se discutir e se decidir sobre estes temas "fracturantes": o timming correcto é ontem, pois hoje já tarde demais, hoje já fizemos pessoas sofrerem mais um dia, hoje já discrimnámos mais um dia, e cada dia que passa apenas demonstramos a nós próprios o quão animais ainda continuamos a ser...

Estranho mundo novo...

Estranho mundo novo que estamos a criar. E sim é a propósito do TVIGate...

Nunca pensei vir a viver num mundo de faz de conta, mas acordo agora para essa dura realidade. E pior é que é um mundo de suspeição, em que a realidade de nada vale e apenas a aparência é valorizada. Como a MFL argumenta, já não interessa se é ou não verdade, apenas que se suspeita que é verdade.

Este mundo, que todos nós estamos a criar, vai ser um mundo de perseguição. Que para eliminar um oponente basta lançar uma suspeição, sem nenhum fundamento. Apenas precisas de ter o dom da retórica. Criar um universo paralelo suficientemente sólido e agir como esse fosse o universo real.

Peço desculpa por não querer participar nesse mundo, mesmo que esse mundo afecte neste momento alguém que eu não simpatizo minimamente. Mas não quero por, além de outras, uma razão muito egoista: é que se hoje as suspeições não caem sobre mim um dia poderão cair.

Parece que vivemos hoje um tempo parecido à que antecedeu Hitler ou Salazar, um tempo de indiferença, de indiferença sobre o que está a acontecer na nossa sociedade. Se o alvo da "Inquisição" é alguém que não eu próprio, então azar, certamente deve de ter feito algo de mal...

Pacheco Pereira e os extremos

O Pacheco Pereira teve mais uma das suas "pereirisses", desta vez na quadratura do circulo ao afirmar: "...aliás a extrema-esquerda tem uma voz nos media que a extrema-direita não tem"!
Julgo interessante que o Pacheco Pereira, que é visto como um intelectual, profira uma frase tão banal e populista como este. Existe o mito, criado pela direita portuguesa que o BE e o PCP são extrema-esquerda. Ora esta noção é completamente falsa. Se é verdade que não simpatizo mesmo nada com a ideologia do PCP e o enquadramento inicial do BE (quando foi criado) a verdade é que a pratica actual destes dois partidos os afastam completamente da extrema-esquerda.
Para quem não se recorda como é a extrema-esquerda, eu recomendo que leiam as noticias actuais da Grécia. Isso sim é extrema-esquerda. Nem o BE ou o PCP tem elementos ligados a crimes racistas como o PNR teve ou tem, isso sim é extremismo. Empurrar o BE e o PCP para esses quadrantes é utilizar um argumento falso e sintomático de quem não tem capacidade de argumentar sem ser através de criar monstros imaginários. Aliás numa actitude muito habitual em alguns personagens do mundo orweliano...

Novo Layout

Ainda estou a meio de fazer a mudança de layout mas gostaria de saber a vossa opinião sobre a mudança. Um aspecto importante, e que gostaria de saber é se este novo layout facilita a leitura dos artigo. Eu sentia que o anterior layout dificultava um pouco a leitura de artigos mais longos (algo que provavelmente irá acontecer com alguma frequência).

Também gostava de saber a opinião sobre as cores, pois eu sou um pouco "daltónico" e tenho muita dificuldade para escolher cores que combinem.

Quanto ao título ele irá ser personalizado pelo que o que esta ainda é temporário.

Um abraço e obrigado!

P.S. O Titulo é ainda provisório...