Pensamentos soltos

Por vezes dá-me para isto! Para não ter uma linha de raciocinio lógico. Talvez seja fruto de uma mente dispersa, ou de ter vários interesses. Ultimamente tenho pensado bastante na vida, nas opções e o que representa viver. Obviamente não cheguei a nenhuma resposta. Não sei se algum dia chegarei. Tal questão leva-me a olhar à minha volta, a olhar para os pormenores e principalmente a observar. E é o processo, mais que a resposta em si, que gosto.
No fundo ainda sou aquela criança que tenta aprender a interagir com o seu meio envolvente. Tropeço muitas vezes, magoo-me, mas volto sempre a levantar-me e a tentar uma vez mais.

Actualmente faz-me confusão o motivo pelo qual criamos ódio ao desconhecido, ou porque é que gostamos tanto de encaixotar pessoas em grupos. Sei que é a forma mais simples de estarmos seguros quanto ao nosso mundo, mas é também uma forma bastante cruel, e por vezes mesmo mortal. Os imigrantes em França começam a descobrir isso, tal como os judeus já descobriram ao longo da sua história.

Este pensamento leva-me a outro. Quando é que a morte entra na nossa vida? Isto é, a partir de quando a morte começa a ser uma opção para os problemas? Talvez seja sempre desde o início. Talvez seja ainda fruto de um instinto territorial que temos. Não sei. Só estranho o facto de que a partir de certa altura passamos a aceitar a morte como opção. Algo que não acontece em criança. Não digo que uma criança não tenha a capacidade de matar, porque tem. No entanto nessa fase a morte não é uma opção, mas apenas uma consequência de um acto. Em adulto muitos vezes é algo racional - por exemplo a decisão de uma guerra - e isso ainda me deixa muito confuso.
Mais uma coisa que apenas consigo questionar e não responder.

E de este pensamento vou para outro, como um sapo salta de pedra em pedra sem nenhum objectivo claro. Quando é que uma pessoa se considera adulto? Será que existe um momento em que existe uma epifania e dizemos: "eu já sou adulto!"? Para mim a vida tem sido um acumular de experiências e aprendizagem, nada mais que isso. Sou tão "adulto" como era aos 16 anos...
Talvez seja defeito meu, não sei, mas também agora não interessa nada...

7 comentários:

Anônimo disse...

caro amigo!!
desde muito cedoa morte bate-nos á porta e é com alguma atenção que devemos abrir a porta a este estranho... se para alguns o instinto é imediato para outros ele passará ao lado como os ditos individuos que respondem " publicidade!". Assim sendo existem na maioria das vezes pessoas que convidam a " morte" para entrar e " conversar um pouco..." e quando se dá por isso ela passa a ser a tua melhor amiga ...

Stran disse...

Seja muito benvinda a esta humilde casa :)

É verdade. E podem-se tornar bem longas essas conversas.

Embora acho que o convite não é formal, mas antes um deixar de entrar como fazes a um velho amigo/a...

EJSantos disse...

A morte como solução? Em que sentido, caro Stran? Confesso que não estou muito e contexto!
A minha solução? Sofro e suicido-me?
Ou a solução de problemas em sociedade? Tenho um rival e mato-o!

Anônimo disse...

Oi EJSantos,

Bem parece que o titulo do post foi bem escolhido.

"A morte como solução? Em que sentido, caro Stran?"

Tanto no sentido individual (uma solução para os meus problemas, quer através do suicidio quer através do homicidio) como no sentido colectivo (como guerra, pena de morte, genocidio, etc...). Até porque a meu ver estão ambas relacionadas...

Stran

Anônimo disse...

Ui, esta história da morte como solução dá pano para muitas e imensas mangas.
Parece-me que nesta fase da história, e apesar das insanidades nazis e comunistas, as coisas estão um pouco melhores.
Lendo livros de história ficamos apavorados com as coisas que se passavam. Poderia dar muitos exemplos.
Cumprimentos
EJSantos

Anônimo disse...

"Lendo livros de história ficamos apavorados com as coisas que se passavam."

Neste momento preocupa-me as coisas que se passarão ;)

Abs,

Stran

EJSantos disse...

Bem visto.