Este post é dedicado ao "aviador" que escreveu este tesourinho deprimente na edição do público (e já agora à mente brilhante que achou que aquilo tinha qualidade para ser publicado).
Tenho de confessar que nos ultimos tempos tenho-me abstido de comentar o grau de estupidez geral que contaminou o mundo politico e jornalistico nos ultimos meses. Tenho de confessar que tem sido dificil para uma pessoa como eu, sempre pronta a fazer uma piadinha rápida das estupidez própria e alheia. Estive quase a escrever algo sobre o Paulo Rangel e a verdadeira memória de peixe que o mesmo tem, ou a comentar o como é mais interessante ser-se americano, pois nestas questões de preciosidades semânticas é muito mais interessante debater-se o conceito de "pratica sexual" do Bill Clinton do que do cinzentão "conhecimento formal" de Socrates.
Resisti assim, heroicamente acrescentaria, a todos estes episódios que pediriam um comentário. Raios, até resisti a comentar a nova "star" Isilda, mas desta vez foi demais...
Tenho de confessar que quando comecei a conviver na blogosfera o primeiro sitio que fui, foi a blogues de extrema-direita. Interessava-me saber como é que tais cerberos funcionavam (se é que funcionavam) e que tipo de argumentação utilizavam. Tenho de confessar que nunca imaginei que passado 3 anos leria esse tipo de argumentação num jornal diário dito de "qualidade".
Tal como naquela altura, a argumentação é fraquissima e demonstra uma falta de raciocinio gritante. No entanto, enquanto anteriormente as pessoas até tinham alguma vergonha e escondiam-se em blogues e nicks, agora não.
Nunca pensei que tais elementos passariam do "orgulhosamente sós" para o menos lirico "orgulhosamente estúpidos".
6 comentários:
Pela parte que me toca directamente...
caídos aos pés dos arautos da
libertação da mulher; instituída a quase obrigatoriedade
social daquela trabalhar fora de casa;
O aviador apanhou a máquina do tempo e enganou-se na estação de saída.
Já nem é o que diz, é o estilo que parece saído da homilia domingueira lá para trás do sol posto.
Se começares a ouvir recitar a Bíblia, não te espantes, é assim mesmo.
Oi ML!
Bem nos tempos que correm parece que já existe pouca coisa que me espante.
Sinceramente nunca pensei viver o que vivemos actualmente...
Stran, é o fim de uma época e o começar de uma nova, os partos são difíceis e nem sempre tudo corre bem.
Tenho uma certa pena de quem fica perdido no que já não existe e nunca mais existirá daquele modo.
O texto é deveras estranho.
Começa com umas considerações sobre demografia. Até aqui tudo bem. Mas depois descamba em falatorio racista, xenofobo e machista.
Caso de psiquiatria?
"Tenho uma certa pena de quem fica perdido no que já não existe e nunca mais existirá daquele modo."
Sim, mas tenho um mau pressentimo de que o conservadorismo está a ganhar um peso crescente na nossa sociedade...
"Caso de psiquiatria?"
Obvio!
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