Das palavras aos actos…

Para mim existe um limite para o qual eu posso criticar sem fazer nada para mudar. À algum tempo atrás senti que eu já tinha passado esse limite. Isso colocou-me um certo desconforto relativamente à minha escrita. Afinal do que me valia criticar a situação actual se não estava a contribuir para a alterar.

Existem várias maneiras para alterar, ou ajudar a alterar, a realidade que vivemos. A mais importante para mim é no nosso dia-a-dia, com as nossas acções, no meio social em que vivemos. No entanto para mim já não era suficiente, precisava de fazer, ou tentar fazer, mais, e a opção natural para mim era a politica (existem malucos para tudo), dado ser uma das minhas áreas favoritas.

O timming da minha decisão acabou por se revelar fundamental. Até à uns anos atrás se me perguntassem em que família politica me revia, eu diria, sem grandes discussões, que na social-democracia. No entanto, e após muitos debates externos e internos, e uma ajuda preciosa, verifiquei que afinal a família politica que me revejo mais é a liberal. Ok, sei à partida que sou um liberal muito particular, mas quando penso que tipo de solução que eu defendo para um problema, é sem duvida uma solução liberal.

No fundo é a ideologia que mais perto se cruza com que sempre acreditei, que o mais importante nesta vida são as pessoas!

Assim resolvi integrar à uns tempos atrás o Movimento Liberal Social, um movimento cujo objectivo é criar um novo partido politico em Portugal.

E não é nenhuma missão messiânica que me impeliu a entrar no mundo político (afinal estou cansado de pretendentes a D. Sebastião), fi-lo por gosto, por achar que o meu trabalho poderá contribuir, nem que seja apenas um pouco, para melhorar a realidade portuguesa. No fundo, foi apenas a etapa natural de passar das palavras aos actos…