O Capitalismo morreu! E agora?

Já lá vai seis meses desde comecei a ouvir que o capitalismo neoliberal morreu! Vou partir do pressuposto (e é um grande pressuposto) que tal afirmação está correcta. A minha dúvida é: e agora?

Sim, parece uma dúvida parva, mas dado o facto que também o comunismo já tinha morrido, e ao que parece esse são os únicos modelos existentes no Planeta Terra, a minha duvida torna-se pertinente. O que fazemos? Fechamos a loja e ficamos à espera que a profecia dos Mayas (não confundir com profecia da Maya) se concretize? Ficamos à espera do Armagedon (embora estranhamente não vem nada nas escrituras bíblicas sobre capitalismo ou comunismo)?

Não me parece. Julgo que essas afirmações são idiotas, pelo menos enquanto existirem humanos neste planeta. No entanto vou fazer algo que é estúpido para um blogger. Isto é, vou violar o 1º Mandamento dos bloggers portugueses e vou-me comprometer, dando sugestões sobre o que julgo poderá acontecer no futuro:

1º Cenário: “Tudo na mesma”
Espero que seja o cenário que não se concretize (embora neste momento seja o mais provável). Isto é, passaremos por uma fase de politicas económicas neo-keynesianas, que com o tempo permitiram uma nova crise, altura em que as teoria económicas neo-clássicas voltaram a estar na voga, até uma nova crise acontecer. É o cenário em que a história se repete, alterando-se apenas algumas nuances.

2º Cenário: “Alteração de paradigma”
É neste cenário que eu aposto. Neste caso existirão 3 grandes mudanças que ocorrerão e mudarão significativamente o mundo. A primeira será uma maior integração de países em espaços de União à semelhança da União Europeia e que permitirá uma maior coordenação das politicas à escala global o que permitirá um maior desenvolvimento de toda a humanidade (por exemplo a necessária conquista do espaço passará por aqui). A segunda alteração será a independência energética dos países com a introdução das novas formas de energia (renováveis e hidrogénio) que alterará por completo as relações económicas. Isto acabará por facilitar a propagação da democracia. A terceira alteração será a mudança de paradigma de divisão entre forças politicas. Manter-se-á a divisão secular, e sempre existente, entre liberais e conservadores, mas a vertente económica perderá o seu peso, sendo que o tipo de soluções para os problemas ambientais (sendo que a gestão do desperdício ganhará importância) o grande factor de divisão.

3º Cenário “Retrocesso civilizacional”
Este é o pior cenário. Neste cenário ganham as forças conservadoras e nacionalistas. Aumentará o proteccionismo, o que por sua vez levará ao surgimento de guerras. Neste cenário existirá uma guerra mundial. E se pensarmos bem, esta é a forma tradicional de resolver este tipo de crises. Tem o condão de estimular artificialmente a economia e ao provocar muitas mortes, alivia a pressão sobre os recursos naturais e permite criar a base para uma nova expansão económica.

A minha Liberdade

Foi a primeira vez que cheguei ao Marquês num 25 de Abril. Uma multidão de tons avermelhados, cravos e acordes de Abril estavam à minha espera.
Estava curioso para ver os rostos da multidão, os seus olhares. Vi de tudo, mas tudo tinha algo em comum: o sorriso. Sorri também e integrei a multidão.
Atravessei a rotunda, não pela primeira vez, mas a sensação é sempre a mesma. Uma estranha sensação de liberdade, de transgressão, de fazer algo pouco habitual. Uma sensação identicamente de certo e errado.
Sentei-me por baixo do Marquês, fumei um cigarro e contemplei a longa e rectilinea avenida que ilusoriamente parece desembocar no nosso imenso Tejo. Ouvia as pessoas, imensas, a falarem. Conversas sem interesse particular para mim, mas que compunham perfeitamente a banda sonora para o meu cenário.
Enviei uma mensagem, queria partilhar o momento. Afinal é isso que torna um momento real.
Iniciei a marcha que me levaria aos Restauradores. Pelo caminho cruzei-me com activistas que me entregavam panfletos das suas causas. Troquei umas palavras e despedi-me com um "parabéns" merecidos ao Movimento a que ele pertencia.
Continuei a minha marcha pelo meio da avenida. Nos passeios, novos e velhos, familias e pessoas sozinhas, esperavam o desfile. Muitos curiosos - turistas - captavam os momentos com as suas objectivas. Fiz o mesmo. Fotografei tudo o que despertava a minha atenção, em particular uma chaimite, que considerei o digno simbolo do dia de hoje. Pintada com graffitis, representava ao mesmo tempo o passado e o presente. E a música incontornável de Zeca Afonso, que saia das suas colunas, fazia tanto sentido em 1974 como agora, 35 anos depois.
Terminei a minha marcha da forma que me pareceu mais apropriada: a escrever livremente e a beber um Pirata!

Sugestão para o próximo 25 de Abril

A minha sugestão para o próximo 25 de Abril, já que é tarde demais para ser implementado este ano, é que se comemore na Madeira em vez de Lisboa. É que é injusto que passado 35 anos, o 25 de Abril ainda não tenha lá chegado.
Sem dúvida um caso típico de insularidade...

Simplesmente fabuloso!!!!

Retirado daqui

Visão de excelência

Recomendo a todos a compra/leitura da Visão desta semana. Numa fase em que muitos tentam branquear o regime ditatorial que vigorava antes do 25 de Abril (que não foi só do Salazar, foi também de Champalimaud, Mello, Espirito Santo, etc...) esta edição tem o condão de nos transportar um bocadinho ao passado. A um passado de opressão que muitos fazem um esforço para nos esquecermos...


Conselhos à Igreja - Família

Inauguro aqui este novo espaço dentro do TUGA. Julgo que é de bom tom retribuir os conselhos, cada vez mais audíveis, provenientes da ICAR (vulgo Igreja) sobre a sociedade. Assim e como não ser ingrato, irei periodicamente retribuir os conselhos da Igreja com os “Conselhos à Igreja”. Espero que gostem.

E o tema de hoje é a família. Visto que, e nas palavras da própria igreja:

“A família está, hoje, sujeita a múltiplos e permanentes ataques. Para nós, ela tem relevância intrínseca e uma centralidade única para o presente e futuro da Igreja e da sociedade.”

Assim o meu conselho para a Igreja, é que deixe de ter uma actitude passiva e passe a activamente defender a “família” dos seus múltiplos e permanentes ataques. Nomeadamente alterar o maior ataque à família que existe na sociedade portuguesa, que é a proibição dos vossos membros internos de se casarem. Aliás lanço-vos o convite para em conjunto começarmos uma campanha para instituir uma lei que não permita a existência de instituições que proíbam que os seus membros se possam casar. Afinal uma proibição à constituição de família é o maior e permanente ataque à Família. Que como disserem tem “relevância intrínseca e uma centralidade única para o presente e futuro da Igreja”.

Só uma nota final, para falar dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Estão equivocados quando afirmam que este é um ataque à família. Não só se expande o número de famílias, que tem uma relevância central para a Igreja, como não constitui uma ameaça ao que vocês apelidam de “verdadeira” família, pois eles já não estariam integrados nesse conceito.

O "Liberal-conservador" em Portugal

Enquanto é fácil distinguir que o liberalismo e o conservadorismo em Portugal são duas correntes diferentes, diria mesmo opostas, sempre me foi difícil compreender porque é que algumas (infelizmente muitas) pessoas gostam de se apelidar desse “animal mitológico” que tem o nome de Liberal-conservador (o Insurgente é talvez o exemplo mais mediático na blogoesfera).

Ora um “liberal-conservador” é algo que não existe em Portugal, pela impossibilidade de conciliação entre o que ambas ideologias defendem. O primeiro – o liberal – defende acima de tudo a liberdade individual, e fá-lo tanto no campo económico como no campo social. O segundo – o conservador – defende acima de tudo os valores que a sociedade tem e que são legado do passado, da tradição. Ora, enquanto estes dois conceitos poderão ser algo conciliáveis em sociedades com um passado profundamente liberal (como a americana), tal é impossível na sociedade portuguesa, que não tem um passado enraizado de liberalismo, mas apenas alguns episódios esporádicos.

Assim, e em Portugal, enquanto o liberal tenta transpor novos valores para a sociedade (e daí não ser conservador), o conservador tenta manter os valores da sociedade portuguesa (e daí não ser liberal).

Então, a questão que se coloca é a seguinte: o que motivará uma pessoa a se apelidar “Liberal-conservador” em Portugal?

Para isso precisamos de analisar os valores do liberalismo e quais os valores tradicionais em Portugal.

Como disse anteriormente, o liberal defende a liberdade individual, é este o seu foco de atenção. E é a partir desta unidade – o individuo – que constrói a sociedade. Isto é, para o liberal, o indivíduo é a unidade fundamental da sociedade, todas as leis visam atribuir a liberdade ao mesmo.

Já os valores tradicionais portugueses, não são liberais mas sim católicos. Estes valores deveriam ser necessariamente vistos como incompatíveis aos valores liberais. Sendo que a maior incompatibilização é a diferença que existe na unidade fundamental da sociedade, que nos valores católicos não é o individuo mas sim a família (que é uma colectividade).

Ora, logo nesta questão fundamental um conservador não é um liberal em Portugal. Para ele a unidade fundamental é a família tradicional, opõe-se a qualquer alteração deste conceito (casamento entre pessoas do mesmo sexo, adopção de filhos por esses casais, etc…) e não reconhece ao indivíduo a sua liberdade individual social (opondo-se à eutanásia, consumo livre de estupefacientes, aborto, etc…) pois consideram-nas uma ameaça à unidade familiar e valores tradicionais, suprimindo desta forma o indivíduo.

No entanto, o que poderia ser um obstáculo ao “liberal-conservador”: compatibilizar esta dualidade entre indivíduo e colectividade (família), é, em Portugal, fácil (diria mesmo instantâneo), e emana dos nossos valores tradicionais. O conceito de família é ainda um conceito patriarcal. A família, embora colectividade, é personalizada numa pessoa – o Homem. Assim, a visão que o “liberal-conservador” tem da família não é a de uma colectividade igualitária, mas sim a de individualidade – a família personificada no “chefe de família”. Desta forma, para o “liberal-conservador” é totalmente compatível a noção de família como unidade fundamental na sociedade e argumentar favoravelmente pela liberdade “individual”.

Mas se até agora dei apenas razões para os “liberais-conservadores” aceitarem essa designação, a verdade é que até agora não teriam qualquer motivação para se designarem de “liberais” ou quererem pertencer à família liberal.

A motivação nasce da mesma “fonte” que nasce o conservadorismo português: o medo da mudança. Um conservador é tipicamente uma pessoa com medo, e tem necessidade de minimizar esse medo, de encontrar uma segurança (e daí a segurança ser um tema mais importante para os “liberais-conservadores” do que a própria liberdade), agarrando-se para tal aos valores que já conhece e com que está confortável.

Opõe-se a qualquer ameaça a esses valores. E para ele não existe maior ameaça do que o Estado. Ele sente o Estado como algo externo a ele próprio, à sua família, algo que ele não pode controlar e que por isso pode pôr em causa os valores tradicionais da sociedade.

Desta forma procura instintivamente a ideologia que minimiza o Estado, e encontra-o no liberalismo económico. E em Portugal, esta teoria fá-lo atingir os seus dois maiores objectivos: diminuir a ameaça do Estado, e manter o “statuos quo” da sociedade (isto é, os valores tradicionais). Como? O liberalismo económico desprovido do liberalismo social, faz com que economicamente vinguem os mais “aptos”(1) isto é, na família o homem, na sociedade os conservadores.

O “liberal-conservador” não vê no liberalismo económico um instrumento para aumentar a liberdade individual em Portugal, mas sim usa-o de forma utilitária para manter os valores tradicionais (que é o seu fim máximo).

Ou seja o “liberal-conservador” em Portugal é um mero conservador e não tem nada de liberal. Apenas utiliza esta palavra (“liberal”) para se definir economicamente perante os outros conservadores (2), mas não por se integrar na família ideológica do liberalismo.


(1) Aptos aqui significa os detentores do poder material.
(2) Sintomático disto é o facto de não termos nenhum partido na família liberal europeia

Blogues de Excelência

Muitas vezes (aliás demasiadas vezes) escrevo aqui artigos de critica. No entanto, e seguindo a pisadas de uma tradição anglo-saxónica, vou dedicar este artigo a elogiar dois blogues que eu considero de excelência. Peço para, se por acaso passarem por aqui e lerem este post, irem visitá-los pois vale realmente a pena. Antes de mais deixo aqui o nome dos blogues:
Não é apenas pela excelente qualidade dos seus escritores. Mas principalmente, na minha opinião, pelos seguintes motivos:
- Artigos: ao contrário do que é habitual nos blogues portugueses (esta é também uma auto-critica) não existem artigos de critica. Aqui apontam-se soluções, alternativas e ainda mais raro, fundamentam-se as posições. Uma pessoa que leia estes blogues sai enriquecido, e mesmo que não concorde (como acontece por vezes comigo) sabe os motivos que os autores têm a sua posição. Aqui não se sustenta as opiniões pelo "se eu digo então é a unica verdade correcta", mas apresentam-se os argumentos e fundamentos que levam aquela posição. Certamente é muito mais trabalhoso, mas tenho de admitir, pelo resultado final vale a pena o esforço.
- Comentários: a paciência dos autores em responder (e eu posso confirmar pois sou algumas vezes um comentador chato nesses blogues) é admiravel e rara em Portugal. Além disso a respsta dos autores não é arrogante, nem destrutiva. É o oposto, é dentro do mesmo plano (mesmo quando no meu caso eu saiba que não estou) e construtivo, apontam direcções, links, dados que fundamentam ou melhor esclarecem a questão em causa ou a posição do autor. Nunca recebi uma resposta do tipo "se não fosses burro compreendias que o que digo é verdade", mas sim "eu defendo esta posição por causa de A, B ou C" ou então "julgo que o que dizes não está correcto por causa de X, Y ou Z", em que X, Y ou Z nunca são insultos mas argumentos válidos. E esta caracteristica é válida também para alguns comentadores (peço desde já desculpa ao MC por uma discussão que deixei em aberto, e que um dia gostaria de retomar, por motivos de doença) o que torna estes espaços em espaços de escelência.
Por isto e por muito mais recomendo que passem por lá e juntem os mesmos à vossa lista de favoritos.

O rosto de uma mulher

Olho para ti e vejo uma história interminável de opressão. Uma opressão que ainda persiste hoje mas que espero que termine antes de morrer...

Sexismo em Portugal (ou Portugal no seu pior)

""As funcionárias da Loja do Cidadão de Faro, inaugurada a 3 de Abril, foram proibidas de usar saias curtas, decotes, saltos altos, roupa interior escura, gangas e perfumes agressivos. As instruções foram dadas numa acção de formação antes da abertura da loja, denunciou uma funcionária.Segundo conta hoje o “Correio da Manhã”, as instruções foram apresentadas durante uma acção de formação promovida pela Agência de Modernização Administrativa. “Esta acção incide sobre várias matérias e, em particular, sobre o que deve constituir um atendimento de qualidade, que ajuda ou prejudica o relacionamento com os cidadãos”, justificou Maria Pulquéria Lúcio, vogal do Conselho Directivo da agência, ao jornal.
Os “aspectos de postura pessoal foram abordados como importantes para uma imagem cuidada” das funcionárias, acrescentou.Pulquéria Lúcio confirmou a proibição do uso de decotes exagerados, perfumes agressivos e gangas, mas negou a referência a saltos altos e a roupa interior escura. (in Público 10-4-09).
As mulheres continuam a não ser tidas como donas dos seus corpos. Corpos de mães, santas, não pensantes, não sujeitas, assexuadas, putas, submissas, devassas. Sujeita a ouvir todas as palavras, que lhes são dirigidas por qualquer homem, digamos, um macho, que tem os tomates no sítio. Sujeita a ser tocada sem querer. Sujeita a ser olhada de cima abaixo como se nao fosse pessoa. Uma coisa. Uma mulher é um objecto criado pela sociedade patriarcal. Sem voz. Sem ouvidos. Se estiver na rua à noite é porque "anda à procura", se veste mini-saia é normal que seja violada pois encontra-se na "coutada do macho ibérico", se está com amigas está sozinha. Basta um homem e já está em grupo. E se estiverem 20 mulheres e um homem falemos pois no masculino, já que é ele o detentor do poder, simbólico e real. Passam a ser "todos" e não todas e o Manel. Elas são invísíveis.
Mas boas para foder, procriar - sendo que foi para esta "tarefa" que nasceu, levar porrada, ouvir as palavras mais sujas, trabalhar em casa e fora dela. Se há um ele que leva o balde do lixo já está a "ajudar", portanto é "bom para ela", e nem lhe bate.E esse corpo/objecto deve ser escondido porque existe para seduzir e provocar os homens, até porque elas não têm sexualidades, desejos, vontades, sonhos, poder de decisão sobre o que querem ser e como querem parecer.Há muitos tipos de burka. As visíveis e as não visíveis. Nós todas carregamos uma.
Para completar este meu texto, que me doeu ao escrever, utilizo um post do blogue do grande pensador e antropólogo Miguel Vale de Almeida ( in http://blog.miguelvaledealmeida.net/ ).Emprestem as saias aos colegas«As funcionárias da nova Loja do Cidadão de Faro estão proibidas de usar saias curtas, decotes exagerados, gangas e perfumes agressivos. A norma faz parte do conjunto de regras exigidas, no âmbito da modernização administrativa, para que seja construída uma imagem de “qualidade” do serviço público» (Público) Cá para mim a melhor forma de contestar isto é os colegas masculinos aparecerem um dia, em gesto de solidariedade, de saia curta e decote generoso: com certeza as regras não se lembraram de proibir isso…"."

Irene Porto

Podia ter sido dito hoje...

"Mesmo quando os direitos lhe são abstractamente reconhecidos, um longo hábito impede que encontrem nos costumes a sua expressão concreta. Economicamente, homens e mulheres constituem como que duas castas; em igualdades de condições, os primeiros têm situações mais vantajosas, salários mais altos, maiores possibilidades de êxito que as suas concorrentes recém-chegadas. Ocupam na industria, na política, etc., maior número de lugares e os postos mais importantes. Além dos poderes concretos que possuem, revestem-se de um prestígio cuja tradição a educação da criança mantém: o presente envolve o passado e no passado toda a história foi feita pelos homens. (...)

...o facto de sermos mulheres em que é que terá afectado a nossa vida? Que possibilidades nos foram oferecidas, exactamente e quais nos foram recusadas?"

Simone de Beauvoir in "O Segundo Sexo"

[NOTA: este é uma nova crónica. Aqui, periodicamente, escreverei excertos que, embora escritos no passado, assentam que nem uma luva à realidade actual, quer portuguesa, quer mundial. Se alguém conhecer algum excerto que cumpra estas condições enviem-me e eu publicarei]

Eu vou votar Socrates, e vocês?

Pois é, eu sempre me considerei uma pessoa de coragem. E numa altura em que é moda criticar Socrates eu não tenho medo de dizer:


"EU VOTO SOCRATES!"


No dia das eleições legislativas, saio de casa, dirijo-me à mesa de votação, pego no boletim e coloco a minha cruz no quadrado que está atrás da palavra "Socrates"! Esperem só um pouco...


...tens a certeza?...


...epá, mas o gajo até tem um site com o nome dele, o mote da campanha é "Socrates 2009"...


...Ok!


Ops, o meu amigo informou-me mesmo agora que afinal só posso votar em partidos. Agora é que complicaram a minha vida! Afinal não voto P.S. que o trabalho deles foi péssimo. No P.S.D. também não, que aquilo de partido já não tem nada, é apenas um ajuntamento de pessoas que querem garantir a sua fatia do bolo estatal. Quanto ao C.D.S., chamem-me picuinhas, mas não quero que eles quebrem o seu record histórico de escândalos por tempo de governação. Ainda não confio no B.E. e no P.C.P. não voto. Pelo menos enquanto insistirem em defender ditaduras.


Bem resta-me seguir o conselho sábio do camarada Saramago e votar em branco...

O Tuga está re-aberto!!!!

Pois é, o Tuga voltou a abrir as portas. E logo na versão 1.75!!!

Bem para ser honesto, era para reabri-lo na versão 2.0, pois vou começar a utilizar outras plataformas (facebook, youtube e se estiver inspirado até o twitter) no entanto a recessão também passou por aqui e só consegui reabrir nesta versão! As minha desculpas...

E o que me motivou a reabri-lo? Bem, basicamente tudo! Estamos em ano de eleições, estamos em plena recessão (ou será depressão?) e Portugal continua um mimo para se escrever num blogue.

Tal como na versão anterior o blogue está aberto a toda a gente que quiser participar. Se quiseres ter uma experiência como blogger, mesmo que esporadicamente, e tens algo para dizer, partilhar ou divulgar então basta enviares um mail para stran_ger69@hotmail.com e eu enviar-te-ei o convite para integrares o blogue.

Entretanto aproveitei o tempo em que estive em "coma" para afiar mais a língua, pelo que espero escrever artigos um pouco mais acutilantes do que anteriormente.

De resto, irei fazer mais entrevistas, analisar mais documentos oficias e criar mais estatisticas simples mas que deêm uma imagem simples de como vai este país onde os "Tugas" habitam. Espero que gostem e critiquem o que não gostam. E comentem à vontade. Aqui não irá existir qualquer censura aos comentários!

Os meus melhores cumprimentos,

Stran

P.S. - se por acaso algum dos antigos autores estiver a ler este artigo, deixo aqui o meu convite (que é mais um pedido de joelhos ;)) para voltarem a escrever aqui. A vossa qualidade é muito elevada e este espaço só ganha convosco.
P.S.2 - Nesta versão os artigos serão mais espaçados no tempo (a não ser que esteja inspirado) pois será mais importante o conteudo que a quantidade.